sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Unpublished

Não a uma, ou várias, razões específicamente específicas para colocar de fora esta ou aquela fotografia que não se publica em outros locais, talvez umas por serem demasiado iguais às outras, variações sobre o mesmo tema, ou apelas por não ficarem bem ali.








The catch of the day 10XI12



Um Amigo, sem o saber, fez-me um desafio, logo que dou de caras no livro pela manhã.
Por cá, o dia estava húmido, tão húmido que transpirava em gota, nem se via para a frente, mas como acordei de forma autónoma e, nessa altura, verifiquei que o movimento de inspiração e expiração continuava, também ele, autonómicamente decretei este dia um dia de auto-rejúbilo e satisfação pessoal.
Registei o momento transpiratório da manhã.
Ao transpiratório seguiu-se o abonatório, pelo que rapidamente me cobri de peças de roupa, mais pelo meno de deixar de respirar pelos próprios meios que pela vergonha de  confrontar o meu corpo de Adónis com os meus semelhantes na rua.
O dia que se seguiu destinou-se a cumprir pontos de uma agenda estudada previamente, consistindo em um percurso pelo que alguns chamam de killing fields, ainda que, como já vos expliquei, ou não, a Morte ali não está. Ali encontramos uma sementeira feita de pessoas já sem vida na esperança que a mesma frutifique sob a forma de vida extra-corpórea, ou lá o que é (faltei à catequese nesse dia).
Não se estranhe! Vou à procura do Porto, histórico, da arte, da natureza, das pessoas e, quer eu queira quer não, de mim próprio.
 
...
 
 
Depois seguiu-se uma pausa.
Sentei-me na minha casa chineso-tripeira, onde volto sempre que me lembro ou que me apetece recordar um outro Amigo, este que, nos dias de hoje, anda pelo meio dos espíritos, por certo enchendo a casa, a velar pelos seus e a ajudar ao negócio.
Posso dizer que aqui como comida caseira, numa casa que, como o disse já, tem mais de quarenta anos de tradição na Invicta.
 
 
 
 
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Subi ai ponto mais alto da cidade para aferir como e quando posso registar a vista que dali se vê e que, sendo a mais alta, será por certo única.
Mas não foi hoje.
Voltei ao caminho, debaixo de uma chuva cacimbenta, às vezes.
O caminho ziguezagueante levou-me até ao segundo local na agenda, a segunda etapa do dia. Escura, menos intensa que a manhã. Cansado. Estou velho para isto.

...

Cabeça à roda. É da época do ano... as castanhas fazem-me mal e assim...







sábado, 3 de novembro de 2012

Frustração


O acto fotográfico é, muitas vezes, um acto de frustração. 
Frustração sobretudo, ou pelo menos neste caso, pela oportunidade conferida  por uma deslocação que se faz a um local onde não se costuma ir com frequência, somada a um dia do ano particularmente interessante em termos lumínicos, ao caminho todo feito de ver os objectos, enquadramentos, efeitos de luz e tudo quanto mais se pretendia registar naquele dia, sendo ainda mais a frustração exponênciada umas quantas vezes pelo facto de, tudo tratado a tempo, e com quem de direito, resultar em: nada.

Ficou-se o dia por outras fotografia, pelos passos perdidos, pelos silêncios e pela luz e chuva que consegui arranjar.

http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=N1b_cNs9s6Y&feature=endscreen